Mesmo com o grande avanço da medicina e a possibilidade de cura do câncer cada vez mais próxima da realidade, receber o diagnóstico da doença é sempre aterrorizante.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a doença é segunda maior causa de morte no Brasil e só perde para os problemas cardíacos.
Muitas destas mortes poderiam ser evitadas com a detecção precoce. Por isso, é fundamental consultar o médico regularmente e fazer todos os exames de rotina necessários.
Fique atenta!
Confira abaixo os tipos de câncer mais frequentes entre as brasileiras e fique atenta. Lembre-se que a prevenção é a palavra-chave para se proteger desta doença assustadora.
De Mama
Este é o tipo da doença que mais acomete as mulheres no Brasil e em todo o mundo. Para 2018, a estimativa do Inca é de 59.700 novos casos no país.
O câncer de mama também atinge homens, mas é raro, e representa só 1% do total de casos da doença.
Existem vários tipos de câncer de mama. Alguns apresentam evolução rápida e outros não. A maior parte dos casos tem bom prognóstico, especialmente se diagnosticado em fase inicial.
Fatores de risco
A idade é um dos principais fatores de risco, sendo a maior incidência entre as brasileiras com mais de 50 anos.
Há outros fatores de risco, como os genéticos (mulheres com parentes de primeiro grau que também tiveram câncer de mama), comportamentais (fumar e tomar bebida alcoólica todos os dias, sedentarismo e obesidade) e hormonais.
Prevenção
É importante realizar todos os meses o autoexame nas mamas. Se você perceber alteração na pele das mamas, nódulos nos seios ou axilas e secreção saindo dos mamilos, procure o médico imediatamente. Esses são sinais de alerta!
De acordo com informações do Inca, “estima-se que por meio da alimentação, nutrição e atividade física é possível reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver câncer de mama”.
Por isso, adote hábitos saudáveis para melhorar sua qualidade de vida e prevenir a doença.
Colorretal
O câncer colorretal envolve tumores que atingem um segmento do intestino grosso (cólon) e o reto. Na maioria dos casos é curável, especialmente se descoberto cedo (por exames de fezes e colonoscopia).
Grande parte desses tumores começa a partir de pólipos – lesões benignas que podem crescer na parte interna do intestino grosso.
Mulheres acima de 50 anos têm maiores chances de desenvolver este tipo de câncer. Em 2018, quase 19 mil brasileiras devem desenvolver o câncer colorretal, segundo o Inca.
Fatores de risco
Os principais fatores de risco são: alimentação rica em carnes vermelhas processadas (salsicha, presunto, salame, bacon, mortadela, etc.) e gorduras, falta de exercícios físicos, tabagismo, obesidade e alcoolismo.
Além disso, já ter tido pólipos ou câncer colorretal, doença inflamatória intestinal ou ocorrência da doença em familiares próximos (primeiro ou segundo grau de parentesco) são motivos para ligar o sinal vermelho.
Em caso de diarreia ou prisão de ventre por um longo período, dor abdominal ou na região anal e sangue nas fezes, consulte um médico especialista.
Colo de Útero
Câncer do colo do útero é o terceiro tumor mais frequente na população feminina e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, segundo o Inca. Em 2018, a estimativa é de 16.370 novos casos no país.
A doença é causada pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV).
Muitas mulheres são infectadas pelo HPV, mas grande parte não desenvolve câncer. Em outras, porém, há modificações nas células do útero, o que pode evoluir para a doença.
Prevenção
O exame preventivo (também conhecido como Papanicolaou), realizado pelo ginecologista, pode detectar essas alterações e possibilitar o tratamento no início. As chances de cura são grandes, especialmente nos primeiros estágios do câncer.
Como toda doença sexualmente transmissível (DST), a infecção pelo HPV pode ser evitada com o uso de preservativo e também tomando a vacina contra o vírus.
De Ovário
Pouco frequente, indolor e sem sintomas, o câncer de ovário é o mais difícil de ser descoberto. Com isso, a maioria dos diagnósticos ocorre apenas quando a doença está em uma fase bastante avançada, o que torna menor as chances de cura.
A maior parte dos tumores de ovário são carcinomas epiteliais (câncer que tem início nas células da superfície do órgão).
O Inca estima que 6.150 novos casos sejam registrados no Brasil em 2018.
Mudança de Hábitos
O câncer, em geral, é uma doença associada principalmente ao envelhecimento. Assim, quanto maior a expectativa de vida da população, maior pode ser a sua incidência.
De acordo com especialistas da área médica, a maior parte dos tipos de câncer pode ser evitada com prevenção, o que envolve mudanças de hábitos.
Evitar o consumo de álcool, não fumar, praticar atividade física, manter uma alimentação adequada, cuidar do peso corporal, ter acompanhamento médico regular e ficar atento aos sinais que o corpo emite são medidas básicas para prevenir qualquer tipo de câncer.