O coronavírus é um vírus ainda misterioso e silencioso que está apavorando o mundo. Originado da China, está se espalhando rapidamente pelo país e também em outros países e continentes através do contágio de pessoa para pessoa.
Muitos países estão adotando medidas protetivas, impedindo a entrada de chineses para controlar a disseminação.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), este vírus é uma variação da Doença Respiratória de 2019- nCoV, porém ainda não se sabe como ocorreu esta mutação e como as pessoas estão sendo contaminadas com tanta rapidez.
A primeira morte foi registrada em 9 de Janeiro, na China. Um homem de 61 foi hospitalizado por sentir grande dificuldade para respirar, o que desenvolveu em uma pneumonia grave. Ele faleceu devido a uma parada cardíaca.
Primeiros casos
Wuhan – a metrópole chinesa com cerca de 11 milhões de habitantes, foi a primeira a ser notificada com um caso semelhante à pneumonia.
A primeira transmissão é desconhecida, porém há pesquisas que apontam que há uma ligação com animais marinhos ou até mesmo cobras e morcegos, mas nada confirmado.
A maioria dos casos estão no epicentro – China, porém entre os países que confirmaram a doença estão: Japão, Malásia, Cingapura, Coreia do Sul, Tailândia, Vietnã, Nepal, Camboja, Sri Lanka, Emirados Árabes, Índia, Filipinas, Rússia, EUA, Canadá, França, Alemanha, Finlândia, Suécia, Itália, Austrália, Espanha.
Em Hong Kong, 14 pessoas são portadoras da doença. Foi Filipinas anunciou a primeira morte pela epidemia. Taiwan confirmou 10 casos. A França tem seis casos confirmados. São dados que só crescem.
O vírus coronavírus já é conhecido entre os chineses e já foram associados a outros episódios de alerta. Em 2002, por exemplo, uma variação deste mesmo vírus causou um surto de síndrome respiratória aguda grave, chamado Sars.
Em 2012, um novo coronavírus causou uma síndrome respiratória no Oriente Médio, chamada de Mers. Esta nova variação, que está sendo disseminada rapidamente, é uma das mesmos que já atingiram a China anteriormente, porém modificada.
O governo chinês pede que a população não saia de suas casas e caso tenha que sair, que o faça somente em caso de extrema necessidade.
No Brasil
Até o momento em que este artigo foi escrito, houveram 16 casos suspeitos no Brasil, mas ainda não foi confirmado que essas pessoas estão com o vírus.
De acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Saúde, os casos suspeitos estão em São Paulo (8), Rio Grande do Sul (4), Santa Catarina (2), Ceará (1) e Paraná (1). Há ainda dez casos descartados: Minas Gerais (1), Rio de Janeiro (1) , São Paulo (2), Paraná (1), Santa Catarina (2) e Rio Grande do Sul (3).
O governo brasileiro planeja trazer os brasileiros que estão em Wuhan – a cidade mais infectado pelo coronavírus.
A decisão foi analisada após um vídeo-mensagem em que um grupo de brasileiros pede ajuda para voltar ao Brasil com segurança. Ainda no vídeo, os brasileiros, que estão preocupados com a situação e permanecem sem sair de suas casas, se comprometem a ficar em quarentena e seguir todos os procedimentos de saúde no Brasil, de acordo com os procedimentos internacionais, sob a orientação do Ministério da Saúde”.
Situação na China
Hoje, a China vive um momento delicado pois muitas pessoas estão infectadas e por conta disso não podem sair de casa, trabalhar.
O transporte público estão suspensos, autoridades construíram um hospital para atender os casos da doença e o Ministério de Ciência e Tecnologia da China lançou 8 projetos de pesquisa de emergência para lidar com o surto.
O governo da China informou que um dos hospitais construídos em tempo recorde estará pronto para receber os primeiros pacientes já nesta semana.
O hospital foi construído cerca de 8 dias após o início das obras em Wuhan, marco zero da epidemia de coronavírus. O espaço será destinado a tratar exclusivamente os pacientes infectados pelo novo vírus.
Ainda de acordo com o governo Chinês, foi aprovado o deslocamento de cerca de 1.400 médicos das forças armadas para tratar os pacientes.
Até a criação deste artigo, o vírus matou 908 pessoas e o número de contágio já passa dos 40 mil. Nos últimos dias, foi relatado uma estabilidade nos casos de contaminação.
A morte do jovem médico Li Wenliang em um hospital em Wuhan, que se posicionou e alertou a população contra o vírus, vem causando alarde por conta do controle das informações controladas no país.
Transmissão e sintomas
Pesquisas apontam que o primeiro contágio foi de animal para humano e depois passou a ser de pessoa para pessoa, mas este fato ainda não foi esclarecido.
Os sintomas mais comuns, identificados pelas pessoas infectadas são: febre, tosse, falta de ar e dificuldade para respirar. Em casos graves, pneumonia, insuficiência renal e síndrome respiratória aguda.
Como se proteger
Separamos algumas recomendações que podem ajudar a evitar o contágio. Este é um momento para que a população de conscientize e tome algumas medidas para proteção.
- Evitar colocar a mão na boca;
- Lavar as mãos com frequência; Aumentar a frequência quando estiver em locais públicos;
- Evitar encostar nos olhos, boca e nariz antes de lavar as mãos;
- Não viajar para os locais contaminados;
- Cobrir a boca e o nariz ao espirrar;
- Redobrar o cuidado com a higiene pessoal;
- Evitar compartilhamento de objetos de uso pessoal, tais como copos e talheres;
- Cozinhar bem ovos e carne.
- Evitar contato próximo com pessoas que apresentam infecções respiratórias;
O coronavírus já foi declarado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma emergência de saúde global e os profissionais de saúde estão na corrida contra o tempo para impedir a propagação.
Como os sintomas semelhantes aos de uma gripe comum, é importante ficar em alerta para se proteger de possíveis contágios, pois esses sintomas simples podem evoluir para uma síndrome respiratória grave, insuficiência renal e morte.