Uma das doenças mais recorrentes do mundo, o diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla.
Ele ocorre porque o pâncreas não consegue produzir o hormônio insulina em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo, ou porque a insulina não é capaz de exercer de maneira adequada seus efeitos.
Insulina
A insulina causa a diminuição da glicemia ao permitir que o açúcar existente no sangue possa penetrar dentro das células, para ser usado como fonte de energia.
Porém, se ocorrer a falta desse hormônio, ou se ele não agir de maneira correta, haverá aumento de glicose no sangue e, por consequência, o diabetes.
Tipos da doença
Se o diabetes for tratado de maneira inadequada, pode gerar graves consequências à saúde, com grandes gastos financeiros e sociais no Brasil e em todo o mundo.
Saiba mais sobre os diversos tipos da doença e as melhores formas de prevenção.
Diabetes tipo 1
Neste tipo de diabetes, o pâncreas perde a capacidade de produzir insulina em consequência de um defeito no sistema imunológico. Isso faz com que os anticorpos ataquem as células que produzem o hormônio.
Diabetes tipo 1 concentra entre 5% a 10% do total dos pacientes com a doença. Em geral, o tipo 1 surge na infância ou adolescência, podendo ser diagnosticado em adultos também.
O tratamento é realizado com medicamentos, insulina, alimentação adequada, além de atividades físicas, que ajudam a controlar o nível de glicose no sangue.
Pré-diabetes
O termo pré-diabetes é usado para advertir que uma pessoa tem potencial para desenvolver a doença, algo como um estado intermediário entre o saudável e o diabetes tipo 2.
No caso do tipo 1 não há pré-diabetes, pois o paciente já nasce com predisposição genética à doença, além da falta de capacidade de produzir insulina, podendo desenvolver o diabetes em qualquer idade.
Quando ocorre
A pré-diabetes ocorre quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos que o normal, mas não o bastante para um diagnóstico de diabetes tipo 2. O grupo de alto risco é composto por obesos, hipertensos e pessoas com alterações nos lipídios.
Controle
Metade dos pacientes que estão na fase ‘pré’ desenvolve o diabetes. Porém, é importante ressaltar que esta é a única etapa que ainda pode ser revertida ou que permite retardar a evolução para a doença e suas complicações.
Os principais fatores de sucesso para o controle da doença são mudanças de hábitos alimentares e a prática de exercícios físicos.
Eliminar de 5% a 10% do peso corporal por meio desses fatores pode fazer uma grande diferença na qualidade de vida.
Diabetes tipo 2
Cerca de 90% dos pacientes com diabetes tem o tipo 2 da doença, que se caracteriza pela queda da secreção de insulina e um defeito na sua ação (resistência ao hormônio).
É mais frequente em adultos, mas crianças também podem apresentar o problema.
Em geral, o tratamento é feito com medicamentos orais ou injetáveis. Mas, com o passar do tempo, a doença pode se agravar.
Gestacional
O diabetes gestacional afeta entre 2% e 4% das gestantes. A doença se desenvolve em consequência do aumento da resistência à ação da insulina na gravidez, levando à alta nos níveis de glicose no sangue.
Seu diagnóstico é realizado pela primeira vez na gestação e pode, ou não, persistir após o parto. Qualquer mulher pode ter diabetes gestacional e nem sempre os sintomas são fáceis de ser identificados.
Assim, é recomendado a todas as gestantes, a partir da 24ª semana de gravidez (começo do 6º mês), que pesquisem como está a glicose em jejum, além da glicemia depois do estímulo de glicose – o chamado teste oral de tolerância à glicose.
Aleitamento materno
O aleitamento materno pode diminuir o risco de desenvolvimento do diabetes depois do parto. Alimentação balanceada e saudável e a prática regular de atividades físicas também são essenciais para prevenir a doença.
Outros tipos de diabetes
Existem outros tipos de diabetes decorrentes de defeitos genéticos integrados a outras doenças ou ao uso de medicamentos, como: diabetes por defeitos induzidos por drogas ou produtos químicos, por doenças do pâncreas exócrino ou por defeitos genéticos na ação da insulina.
Além disso, entre o tipo 1 e o tipo 2 foi identificado o diabetes latente autoimune do adulto – o LADA. Alguns pacientes diagnosticados com o tipo 2 da doença desenvolvem um processo autoimune e acabam perdendo células beta do pâncreas.
Prevenção
A prevenção ao diabetes é basicamente manter um estilo de vida saudável. Por isso, é importante ter uma rotina de exercícios físicos, fazer exames médicos pelo menos uma vez ao ano e ter uma alimentação equilibrada.
Pessoas com histórico familiar de diabetes devem manter o peso normal, não fumar ou ingerir álcool, evitar medicamentos que possam atacar o pâncreas (diuréticos e cortisona, por exemplo), controlar a pressão arterial e fazer exercícios regularmente.
Por fim, lembre-se sempre que atividade física e alimentação saudável são as melhores maneiras para conquistar qualidade de vida, prevenindo não apenas o diabetes, mas diversas outras doenças. Cuide-se!
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